18 de mar. de 2015

EVOLUÇÃO DOS PNEUS

O pneus sempre tiveram uma grande importância nas corridas em todo o mundo. E hoje em dia, principalmente na Formula 1, eles são parte definitiva nas estratégias de corrida, visto que são produzidos pneus com muitas variações de performance, caracterizando pela borracha que se desgasta mais ou menos, de acordo com a pista, construção do carro e a tocada do piloto.

No início da década de 1950, eles eram altos e finos. E os tamanhos entre os traseiros e dianteiros não variavam. Pareciam com os pneus utilizados nos carros de rua.

Continental, Dunlop, Avon, Englebert e Pirelli eram os fornecedores
Mudando de década, os motores foram aumentando de potência e isso acabou influenciando nas rodas e pneus, fazendo com que os pneus se alargassem um pouco e deixando os traseiros ligeiramente maiores que os dianteiros.

Goodyear, Dunlop e Firestone 
Foi na década de 1970 que a Goodyear introduziu os pneus sem sulcos, os chamados "slicks". Esse pneus faziam os carros terem mais aderência, já que o contato com o solo era maior. E, visivelmente, os traseiros eram maiores que os dianteiros.

Goodyear, Firestone, Dunlop, Bridgestone e Michelin
Desde os anos 50 existiam muitos fabricantes de pneus que forneciam seus modelos para as equipes. Nessa época não havia definição de fornecedor como nos dias de hoje e cada equipe usava em seus carros os pneus que quisessem.

Essa disputa, com o tempo, passou a se tornar mais acirrada e na década de 1980 alguns fabricantes faziam pneus que duravam poucas voltas, que eram utilizados apenas para classificação.

Michelin, Goodyear, Pirelli e Avon 
Na década de 1990 os pneus diminuíram um pouco, se tornando praticamente iguais em largura e altura com os que vemos hoje.  Já no fim da década houve uma mudança nas regras e os pneus ganharam sulcos em sua banda de rodagem.

Goodyear, Pirelli e Bridgestone
Foi em meados da década de 2000 que a FIA estipulou que apenas um tipo de pneu fosse utilizado durante as provas. Mas em 2007 houve uma pequena alteração, que existe até hoje, de que nas corridas devem ser usados dois compostos de pneus, salvo nas corridas com chuva. Em 2009, foram abandonados os pneus sulcados, retornando os "slicks".

Michelin e Bridgestone
Entramos nessa década atual com uma fornecedora de pneu, a Pirelli, e uma regra que permite as equipes levaram 18 sets de pneus para cada fim de semana de corrida. 06 dos mais duros, 05 macios, 04 intermediários e 03 de chuva. 

Em 2013 houve muita reclamação por parte das equipes sobre a construção dos pneus, que se deterioravam rapidamente causando grandes problemas. No meio do ano foram feitas algumas modificações e o ano terminou bem. 

Pirelli
Atualmente, os pneus selecionados pela fornecedora são os da foto abaixo. Reparem que há quatro tipos de pneus para uso em pista seca, os"slicks". Foi definido que as equipes terão esses modelos à disposição, totalizando 25 sets pra cada fim de semana. Sendo 18 obrigatórios e os demais sets as equipes escolhem os que mais se adaptam a seus carros.

Da esquerda para direita: Intermediário, chuva, supermacio, macio, médio e duro

9 de mar. de 2015

FERRARI AZUL

Nos primórdios das corridas de automóveis e também da Formula 1, as equipes não dependiam efetivamente de investidores e patrocinadores. Todos sabemos que hoje é diferente, a grande maioria precisa dessa verba para seguir adiante numa competição. E, com isso, as cores dos carros mudam conforme o gosto dos patrocinadores. Por exemplo, McLaren vermelha e branca Marlboro, depois cinza e prata da West. 

Mas antes, a maneira de se identificar um carro de corrida na pista vinha de uma regra que exigia que os carros fossem pintados com as cores do país de origem. Os carros ingleses eram verde escuro, os franceses, azul claro, os carros alemães, brancos e assim por diante.

Os carros italianos eram pintados na cor vermelha. E a Ferrari, por tradição e desejo de Enzo Ferrari optou por manter essa cor em todos os carros das equipes de competições. Que perdura desde a era pré-patrocinadores, até os dias de hoje.  Por incrível que possa parecer, a cor oficial da equipe italiana é amarela.

Mas eu escrevi tudo isso acima pra chegar até aqui. Por duas vezes, no fim de 1964, a Ferrari optou pelas cores branca e azul na carenagem de seus carros.


Era o fim do campeonato e a Formula 1 chegava à América para as corridas do México e dos E.U.A. Chateado com as autoridades esportivas italianas, Enzo decidiu que seus carros correriam na América do Norte inscritos pela equipe NART , que pertencia à importadora oficial da Ferrari nos E.U.A. Com isso a Itália não receberia os louros da vitória, já que os carros não estavam pintados de vermelho.

A cor branca e azul era a cor oficial do país americano na época

Mais uma do Milton Jocelyn