Muitos sabem que eu sou torcedor declarado de Michael Schumacher. Independente de qualquer coisa, eu tenho o direito de torcer pra quem eu quiser. O fato de gostar desse ou daquele piloto, de um time de futebol, de basquete ou qualquer outro esporte não significa que um foi sempre melhor que outro e assim por diante.
Uma questão de gosto apenas.
Por que estou falando disso? Porque simplesmente não gosto dessa áurea santificada que colocam em cima de Ayrton Senna. A programação dos canais de TV ontem foi bem perto disso. Ayrton Senna não precisa disso. Ele foi um dos maiores pilotos da história do automobilismo mundial, não só da Formula 1.
Mas, não torcer para Ayrton aqui no Brasil é como heresia. Eu disse não torcer. O fato de eu ter sido criado vendo as conquistas de Michael não significa que não gosto do brasileiro. Não significa que eu o queria morto. Simplesmente esse era o fim decretado por Deus.
A impressão que fica é que Schumacher veio pra tentar apagar o que Senna fez, tomar o lugar do piloto brasileiro. Idiotice pensar assim.
Schumacher era um esportista nato, de altíssimo nível, com sangue nos olhos, que queria a vitória a qualquer custo. Queria o melhor carro e com isso aniquilar as possibilidades de vitórias de seus adversários. Não importa como, mas se ele decidisse fazer algo, ele o faria.
Queria ir mais rápido, mais rápido e mais rápido...
Senna também.