Nenhuma outra equipe na Formula 1 teve tantos pilotos brasileiros como a Williams. Com a inclusão de Felipe Massa em 2014, são seis os pilotos que já disputaram corridas pela escuderia sediada em Grove. O fato curioso nessa história é que quatro deles encerraram a carreira na F-1 por lá. Ayrton Senna, Antonio Pizzonia, Rubens Barrichello e Bruno Senna.
A história da Williams com o Brasil remete aos tempos anteriores à criação da atual equipe. Jose Carlos Pace correu para Frank Williams na F-2 em 1971. No ano seguinte, Frank comprou um chassis March e ingressou na F-1. Convidou Pace, que disputou 11 corridas e marcou três pontos.
A Williams como conhecemos hoje ingressou na F-1 em 1977, com chassis de fabricação própria. Mas somente em 1986 um piloto brasileiro vestiu as cores da equipe.
NELSON PIQUET:
Já com dois títulos na bagagem, Nelson Piquet assinou um contrato que o permitia ter as vantagens de primeiro piloto. Quando Patrick Head substituiu o chefe de equipe anterior, que havia sofrido um grave acidente automobilístico, essas pequenas regalias se desfizeram em virtude da aproximação de Head com Nigel Mansell.
Os dois se engalfinharam pelo título e essa divisão de pódiuns e vitórias acabou fazendo de Prost o campeão de 1986. No ano seguinte Piquet bateu Mansell e conquistou seu terceiro e último título.
AYRTON SENNA:
Quis o destino que a tão aguardada transferência de Senna para a Williams, que dominava as corridas no início dos anos 90, tivesse consequências tão tristes. Após sofrer dois anos com uma McLaren muito abaixo dos concorrentes, Senna acertou sua ida para a equipe de Grove para 94.
Essa mudança de ares provocou até uma alteração de regulamento, que limitou o uso de tecnologia dos carros. Senna conseguiu largar na frente nas três primeiras corridas, mas não terminou nenhuma delas por acidente. O último deles, fatal.
ANTONIO PIZZONIA:
O amazonense Pizzonia teve duas passagens pela Williams, apenas para substituir pilotos lesionados. Em 2004 entrou no lugar de Ralf Schumacher durante quatro etapas. E no ano seguinte substituiu Nick Heidfeld nas últimas cinco da temporada. Marcou oito pontos no total.
RUBENS BARRICHELLO:
Após passar pela Brawn em 2009 e terminar em terceiro no campeonato, Rubens foi contratado pela Williams para iniciar um processo de reestruturação. Mas o carro não foi bem construído nos dois anos que o brasileiro por lá estava e os resultados não foram animadores. Rubens abandonou a F-1 no fim do ano e se dedicou a F-Indy no ano seguinte.
BRUNO SENNA:
Substituto de Barrichello em 2012, Bruno Senna começou o ano bem, pontuando em quase todas as provas até a metade da temporada. Mas depois se perdeu em alguns acidentes e atuações pouco animadoras num ano em que seu companheiro Pastor Maldonado ganhou uma das etapas. No fim do ano foi substituído pelo então piloto de testes Valtteri Bottas e Bruno então seguiu carreira no mundial de Turismo.